Fallen Angel, Alexandre Cabanel |
DEMÔNIO. Dá-se o nome de demônios aos Anjos que pecaram e que Deus castigou com os tormentos do inferno, como ensina a Sagrada Escritura, dizendo: «Deus não perdoou aos anjos que pecaram, e precipitou-os no abismo do inferno, para serem atormentados» (Ep. I I S. Ped. II, 4). O demônio é espírito maligno, que pela mentira seduziu os nossos primeiros pais, levando Adão a cometer o pecado original, de que resultou a morte e todos os sofrimentos da humanidade. Rebelde a Deus e punido por Deus, tem ódio a Deus, e o seu empenho é levar os homens à revolta contra Deus, para serem punidos como ele.
Os demônios não são maus por natureza, mas por vontade.
Tentar para fazer o mal é próprio do demônio; o mundo e a
carne são instrumentos seus para nos tentar (Ep. Efes. VI,
11, 12). Pode exercer uma ação imediata sobre o homem,
não diretamente sobre a inteligência e sobre a vontade, e sim
sobre a imaginação e sobre o apetite sensitivo; permitindo-o
Deus também pode exercer a sua ação maligna sobre os
objetos exteriores e sobre o nosso corpo, sendo causa de
males físicos que sofremos (Ev. S. Mat. XVII, VIII). Pode conhecer as coisas exteriores materiais, mas não pode saber o
que se passa íntimo da nossa alma, se não o manifestarmos
por algum sinal exterior.
Podemos vencer as tentações do demônio com o auxílio da
graça divina, que obtemos por meio da oração, da penitência
e da vigilância.
O Apóstolo S. Pedro deixou-nos esta advertência: «Sede
sóbrios e vigiai, porque o demônio, vosso adversário, anda ao
redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem devorar; resisti-lhe, fortes na Fé, sabendo que os vossos irmãos
que estão espalhados pelo mundo sofrem a mesma tribulação» (Ep. I S. Ped. V, 8, 9).
Pe. José Lourenço (Dicionário da Doutrina Católica, 1945)
Pe. José Lourenço (Dicionário da Doutrina Católica, 1945)
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